Deitado em seu leito, sono profundo
Cai a chuva, ventos tempestivos
E seu cérebro surdo indiferente
Ao que acontece dentro e fora.
Lá fora um dilúvio escorre rua abaixo
Aqui dentro, eu e você,
Eu vivo o solilóquio imposto
A vigiar seus voos alados
Em dado momento despertas do sonho
Indagas sobre suas viagens etéreas
Não me cabe responder
Viajaste sozinho
Minha solidão sabe de mim
O que penso, o que faço, onde vou
Seus sonhos perdidos entre voos
Não sabem da rosa nem das cores?
Sou a rosa do deserto
que ao seu lado
despetalou, perdeu a cor.
Mas veja, sou insistente
há uma esperança no canto do jardim
a me espreitar.
Estou em fase de reconstrução.
Diná Fernandes