segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Auroras e sóis



O meu tempo se faz
de auroras ,sóis e poesia,
a noite apaga o brilho 
do dia, 

as palavras 
enfeitam o papel 
com meu verso 
noturno 
repleto de sono,


o poema nasce ébrio
sem equilíbrio,

afogado na taça
da embriaguez verbal,
adormece o poeta.


Diná Fernandes

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Ardentes desejos


Pode chegar meu doce amor,
Enlaça-me em seus braços,
Para ti, dou-me sem pudor,
Vem, achegue-se ao meu regaço.

Permissiva dos ardentes desejos,
Comungo com seus devaneios,
Nesse momento de tantos enleios
Nossa química ignora o pejo.

Suas mãos são como um veludo
A desbravar meu corpo presto.
Ao toque, meus gemidos agudos,
Desperta sentires nada modesto

Desperta em ti encanto e magia.
Declaras seus sentires em lindos gestos,
O contexto é real e tem fantasia
Implemento inovador que dá certo


Diná Fernandes

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Metamorfoseio do tempo

Levo a vida ora sonhando 

Noutra versando. 
Dos bons momentos tiro proveito 
Dos dissabores filtro algum ensinamento. 
Gosto da vida com os altos e baixos 
Caio, levanto, voo, 
Um dia sou pássaro, noutro sou vento 
Vento norte quente como a paixão 
Vento sul, que traz brisa, desfaz nó 
faz varreduras no coração e nas cercanias. 

Ventos contrários, vento de amor.
Vivo nesse metamorfoseio do tempo 
Que pinta a vida como ele quer 
Transporta meu pensamento 
A longínquos lugares 
Faz de mim bolinha 
Tenta parar meus impulsos 
Ora consegue, ora chuto o balde 
É um faz e desmancha 
Porém não me detém. 

Eu reluto, não me dou por vencida. 
Gosto da vida com todos os obstáculos 
Com bons ventos ou ventos contrários 
Sigo riscando céus, pilotando minha nave.

Diná Fernandes

sábado, 7 de novembro de 2020

Salgou o doce do amor


Na tarde melancólica de verão 
O arrebol violáceo borda o céu 
Floresce no peito certa paixão 
Uma euforia, um segredo só meu 

A melancolia do tempo e do mar 
Azul e sereno, de vagas silenciosas 
À espreita de mim num rechaçar 
O desejo de gritar em voz furiosa 

Onde está o meu insano amor 
Pensei no sabor desse encontro 
Engano, salgou o doce do amor 
Deixou no peito, um azedo ao ponto 

Um inesperado evento, antológico 
Uma lição a mais a complementar 
Minha história, momento cômico 
Subserviente fui, ao amor agradar.

Diná Fernandes

💟💟💟💟💟

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

No verde dos olhos seus


Mergulhei no verde dos olhos seus 
Um visual cristalino e profundo 
Um verde oceano de mistérios .
Não encontrei lugar em seu mundo 

Quis me perder nessa profundidade 
Mas, seu duro coração de mulher 
imperiosa com síndrome de divindade 
Negou-me afeto, me fez emudecer 

Como um rio caudaloso a serpear 
E nas suas entranhas amor semear 
Senti sangue frio em corpo sem alma 
Mulher alabastro, sem vida não ama

Impedido de desfrutar do verde esperança
Contido na profundidade do seu olhar
crível serei, ainda espero dias de bonança
um amor que possa docemente me amar.

Diná Fernandes

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

31 outubro - Dia Nacional da Poesia


D edilho meus pensamentos

I nterajo com o invisível

A cato a voz do coração



N ão aceito lamúrias

A poluir meus escritos


C onluio com a tristeza não me apraz

I intimo a palavra a se fazer presente

O papel recebe com alegria a

N arrativa, verso ou prosa

A licerço e componho o poema

L írico ou em verso simples



D a divindade recebo luz

A agradeço a luz poética


P oesia é recheio da alma e coração

O usar o pensamento transformar

E m versos tecidos com finos fios

S eja rimada ou verso branco

I interpretá-los cabe ao leitor

A análise poderá ou não agradar.



Diná Fernandes