Amor antigo, espera no portão, coração descompassado.
Beijar, nem pensar, só as escondidas, e nada demorado,
Conversava-se na sala sob vigília, o pai, ali sentado.
Durante décadas, o rigor familiar foi imperioso.
Era escolhido pela família da moça, o futuro esposo.
Falar sobre sexo, era proibido, tido como vergonhoso.
Gradativamente os hábitos foram mudando,
Inflamaram o amor, sensatez é coisa do passado.
Justo por que a educação doméstica virou liberalidade.
Lá pelos anos idos, as moças eram recatadas de verdade.
Meninas e meninos não conheciam a atual maldade.
Nem as vestes despertavam atenção, o homem era prudente.
O namoro era romântico, geralmente, sem agravante.
Pensar sair sozinha, jamais, mesmo adulta, filha era obediente.
Quando ousava fugir o domínio dos pais
Ranzinzas, o castigo era severo e sem ais!
Santas não eram, mas eram moças especiais.
Tagarelas, sim! Mas, com um linguajar adequado.
Uma jovem não se insinuava para solteiro ou casado,
Vida recatada e namoro sério era o preconizado.
Xeretar pela rua, era coisa de mulher perdida.
Zuar com seus mestres, ah! Teria que ser punida!
Autoria Diná Fernandes
Estilo Experimental "ABC Poético criado pela poetisa Norma Silveira.
Amiga Diná Fernandes
ResponderExcluirFica aborrecida comigo se discordar? O poema é lindissimo. O conteúdo é que não me parece assim tão linear.
- Os homens antigamente tinham uma namorada em cada terra, algumas bem vizinhas. Faziam filhos em muitas delas e nem os aperfilhavam.
As mulheres sabiam que o namorado tinha outras nas outras aldeias e não se importava: Ele anda com elas mas só gosta de mim, diziam.
Quantas raparigas, como a mãe ou o pai ali sentado ao lado - santa ignorância - apareciam grávidas. Devia ser através do olhar.
Falo com conhecimento: Avós, tias avós, amigas das tias avós, minha mãe, meu pai, tios,... todos uns santinhos/as feitos de pau. Ou seria de pau ...............nas costas, era o que mereciam, loool
Fique feliz
Cuide-se
Bom dia Ricardo,
ExcluirDe forma alguma vou ficar chateada, eu vivi essa experiência e escrevi com bases na minha juventude, aqui no nordeste, especialmente no interior era bem assim, as moças eram menos atiradas,
Sei que é vero o seu relato, mas fazer o que amigo! Sempre um prazer receber seus comentários.
Continuação de uma abençoada semana.
Abração de paz!
É um amor a Diná Fernandes. Quero dizer-lhe uma coisinha já que ninguém nos ouve (lol): A Diná escreve DIVINAMENTE.
ExcluirUm perfeito extasio mental ler as suas publicações poéticas.
Fique bem
Lindo o amor antigo cantado em teus versos! beijos, chica
ResponderExcluirmt bonito bjs
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