terça-feira, 5 de maio de 2020

Amor Antigo - ABC Poético

NO TEMPO QUE A GENTE PODIA NAMORAR NO PORTÃO (PART. BYAFRA ...

Amor antigo, espera no portão, coração  descompassado.
Beijar, nem pensar, só as escondidas, e nada demorado,
Conversava-se na sala sob vigília, o pai,  ali sentado.

Durante décadas,  o rigor familiar foi 
imperioso.
Era escolhido pela família da moça, o futuro  esposo.
Falar sobre sexo, era proibido, tido como vergonhoso.

Gradativamente  os hábitos  foram 
mudando,
Hoje, o romantismo está literalmente enterrado,
Inflamaram  o amor, sensatez é coisa do passado.

Justo por que  a educação  doméstica virou 
liberalidade.
Lá pelos anos idos, as moças eram recatadas de verdade.
Meninas e meninos  não conheciam a atual  maldade.

Nem  as vestes despertavam  atenção, o homem era 
prudente.
O namoro era romântico,  geralmente, sem agravante.
Pensar sair sozinha, jamais, mesmo adulta, filha era obediente.

Quando ousava  fugir o domínio dos 
pais
Ranzinzas, o castigo era severo e sem ais!
Santas não eram, mas eram moças especiais.

Tagarelas, sim! Mas, com um linguajar 
adequado.
Uma jovem não se insinuava para solteiro ou casado,
Vida recatada e  namoro sério era o preconizado.

Xeretar pela rua, era coisa de mulher 
perdida.
Zuar com seus mestres, ah! Teria que ser punida!


Autoria Diná Fernandes

Estilo Experimental "ABC Poético criado pela poetisa Norma Silveira.

5 comentários:

  1. Amiga Diná Fernandes

    Fica aborrecida comigo se discordar? O poema é lindissimo. O conteúdo é que não me parece assim tão linear.

    - Os homens antigamente tinham uma namorada em cada terra, algumas bem vizinhas. Faziam filhos em muitas delas e nem os aperfilhavam.

    As mulheres sabiam que o namorado tinha outras nas outras aldeias e não se importava: Ele anda com elas mas só gosta de mim, diziam.

    Quantas raparigas, como a mãe ou o pai ali sentado ao lado - santa ignorância - apareciam grávidas. Devia ser através do olhar.

    Falo com conhecimento: Avós, tias avós, amigas das tias avós, minha mãe, meu pai, tios,... todos uns santinhos/as feitos de pau. Ou seria de pau ...............nas costas, era o que mereciam, loool

    Fique feliz
    Cuide-se

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    Respostas
    1. Bom dia Ricardo,
      De forma alguma vou ficar chateada, eu vivi essa experiência e escrevi com bases na minha juventude, aqui no nordeste, especialmente no interior era bem assim, as moças eram menos atiradas,
      Sei que é vero o seu relato, mas fazer o que amigo! Sempre um prazer receber seus comentários.

      Continuação de uma abençoada semana.
      Abração de paz!

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    2. É um amor a Diná Fernandes. Quero dizer-lhe uma coisinha já que ninguém nos ouve (lol): A Diná escreve DIVINAMENTE.

      Um perfeito extasio mental ler as suas publicações poéticas.

      Fique bem

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  2. Lindo o amor antigo cantado em teus versos! beijos, chica

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